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Inflação desacelera a 0,09% em outubro, menor índice para o mês desde 1998

Dinheiro, Real Moeda brasileira

Após alta de 0,48% em setembro, pressionada principalmente pelos preços da conta de luz, a inflação medida pelo IPCA desacelerou para 0,09% em outubro, o menor índice para esse mês desde 1998, conforme dados divulgados pelo IBGE. O resultado surpreendeu os analistas, que esperavam alta de 0,15%. No acumulado do ano, a inflação está em 3,73%, e nos últimos 12 meses, em 4,68%, aproximando-se do teto da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).

Variação mensal da inflação

Fonte: IBGE – Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA)

A desaceleração foi puxada pela queda de 2,39% na energia elétrica residencial, decorrente da redução da bandeira tarifária de energia de vermelha patamar 2 para patamar 1. O grupo de alimentação, que tem maior peso no IPCA, teve leve alta de 0,01%, interrompendo quatro meses de queda, mas sem pressão significativa na inflação geral.

Variação do IPCA no acumulado em 12 meses

Fonte: IBGE – Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA)

A alimentação no domicílio caiu 0,16%, com recuo nos preços do arroz e do leite longa vida. O café, após pico expressivo de 82,24% em 12 meses, teve redução acumulada de 3,52% nos últimos quatro meses, embora o acumulado anual ainda seja alto (48,13%). Entre os alimentos em alta, destacam-se a batata-inglesa e o óleo de soja. A alimentação fora do domicílio subiu 0,46%.

Essa desaceleração é uma boa notícia para o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, pois, caso a inflação fique abaixo de 4,5% em 12 meses, ele não precisará emitir carta por descumprimento da meta pela terceira vez desde o início de seu mandato.

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