A China impôs restrições à exportação de minerais raros em resposta às tarifas comerciais dos Estados Unidos, intensificando as tensões entre as duas maiores economias do mundo.

Em dezembro de 2024, o Ministério do Comércio chinês anunciou a suspensão das exportações de minerais essenciais como gálio, germânio e antimônio para os EUA, citando preocupações de segurança nacional e aplicações militares desses materiais.​

Em 4 de abril de 2025, o Ministério do Comércio da China anunciou controles de exportação sobre sete categorias de terras raras médias e pesadas, incluindo samário, gadolínio, térbio, disprósio, lutécio, escândio e ítrio. Esses elementos são cruciais para a fabricação de produtos como armas, veículos elétricos, turbinas eólicas e eletrônicos de consumo. As restrições abrangem não apenas os minerais brutos, mas também ímãs permanentes e outros produtos acabados, dificultando a substituição por fabricantes ocidentais.

Embora as medidas se apliquem globalmente, elas são vistas como uma retaliação direta às tarifas impostas pelo presidente dos EUA, Donald Trump, que aumentou as tarifas sobre a maioria dos produtos chineses para 54%. A China, responsável por cerca de 90% da produção mundial de terras raras, está utilizando seu domínio nesse setor como ferramenta estratégica na disputa comercial.

Analistas alertam que os fabricantes americanos, que dependem fortemente dessas importações, enfrentarão desafios significativos para encontrar fornecedores alternativos. A única mina de terras raras dos EUA não é suficiente para atender à demanda nacional, tornando o país vulnerável a essas restrições.

Essa ação da China marca uma escalada nas tensões comerciais e destaca a interdependência crítica entre os dois países em setores estratégicos.

Com informações da Reuters, The Japan Times, MIT