O Brasil registrou novo marco histórico na safra 2024/2025, alcançando a produção de 350,2 milhões de toneladas de grãos. O levantamento foi divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e mostra crescimento de 16,3% em relação ao ciclo anterior, quando o volume colhido ficou em 324,3 milhões de toneladas. O avanço foi impulsionado tanto pelo aumento da área plantada, que passou de 79,9 milhões para 81,7 milhões de hectares, como pela melhora das condições climáticas em regiões-chave do Centro-Oeste, especialmente no Mato Grosso. A produtividade média nacional também apresentou alta expressiva, subindo 13,7% e passando de 3.769 para 4.284 quilos por hectare.
Entre as culturas, a soja foi a grande protagonista, com colheita recorde estimada em 171,5 milhões de toneladas, cerca de 20 milhões a mais do que na safra anterior. A produtividade média chegou a 3.621 quilos por hectare, a maior já registrada, embora haja diferenças entre estados: enquanto Goiás obteve os melhores resultados, o Rio Grande do Sul enfrentou perdas devido a calor intenso e chuvas irregulares. O milho, somadas as três safras anuais, também quebrou recorde, com produção projetada em 139,7 milhões de toneladas, um crescimento de 20,9% sobre o período anterior. Já o algodão alcançou 4,1 milhões de toneladas, alta de 9,7%, beneficiado tanto pela ampliação da área plantada quanto pelo clima favorável.
O arroz encerrou a temporada com produção de 12,8 milhões de toneladas, 20,6% superior à safra anterior, ficando entre os quatro maiores volumes já colhidos no país, embora abaixo de picos observados em anos anteriores, como 2003 a 2005 e 2010/2011. O feijão, em suas três safras, deve chegar a 3,1 milhões de toneladas, quantidade considerada suficiente para atender o consumo interno. O trigo, por sua vez, apresentou queda na área plantada, 19,9% menor que no ciclo anterior, totalizando 2,4 milhões de hectares. Apesar disso, a produtividade se recuperou, passando de 2.579 para cerca de 3.077 quilos por hectare. A produção estimada, contudo, ficará em 7,5 milhões de toneladas, representando redução de 4,5% em relação ao ano passado.
Com esses números, o país reafirma sua posição de potência agrícola mundial, sustentado por ganhos de produtividade, expansão territorial moderada e condições climáticas favoráveis, consolidando um ciclo de colheitas que entra para a história da agricultura nacional.
Principais fatores do avanço
- A área cultivada expandiu de 79,9 milhões para 81,7 milhões de hectares, um acréscimo de 1,9 milhão de hectares.
- As condições climáticas, especialmente no Centro-Oeste (com destaque para Mato Grosso), foram favoráveis.
- A produtividade média nacional aumentou em 13,7%, passando de 3.769 kg/ha para 4.284 kg/ha.
Soja, milho e algodão sobressaem
- A soja teve safra recorde: aproximadamente 171,5 milhões de toneladas, aumento de 20,2 milhões em relação ao ciclo anterior. A produtividade média nacional atingiu 3.621 kg por hectare, o maior valor registrado. Santos Goiás se destacou entre os estados; o Rio Grande do Sul ficou com o menor desempenho, afetado por calor intenso e precipitações irregulares.
- O milho, considerando todas as três safras, também bateu recorde: produção estimada de 139,7 milhões de toneladas, crescimento de 20,9% sobre 2023-24.
- O algodão projetou produção de 4,1 milhões de toneladas, alta de 9,7%, resultado tanto do aumento na área plantada como do clima favorável.
Outras culturas
- O arroz, com colheita encerrada, somou 12,8 milhões de toneladas, crescimento de 20,6%. Mesmo assim, esse volume está entre os quatro maiores já registrados, atrás de safras dos anos de 2003-2005 e 2010-11.
- As três safras de feijão atingem estimativa de cerca de 3,1 milhões de toneladas, volume considerado suficiente para abastecimento interno.
- O trigo, cultura de inverno, teve redução na área plantada (-19,9% em comparação à safra anterior), com 2,4 milhões de hectares. Porém houve recuperação da produtividade, de 2.579 kg/ha para cerca de 3.077 kg/ha, embora a produção estimada de 7,5 milhões de toneladas represente queda de 4,5%.
Fonte: Conab