O Brasil lidera em destruição da floresta tropical no ano passado no ranking global, embora o desmatamento no maior país da América do Sul tenha caído 70% em comparação a 2017, de acordo com uma rede independente de monitoramento florestal.
O Brasil perdeu 13.471 quilômetros quadrados (5.201 milhas quadradas) de floresta tropical em 2018, uma área quase do tamanho do estado americano de Connecticut, de acordo com dados anuais do Global Forest Watch, que é administrado pelo Instituto Mundial de Recursos (WRI). .
Isso representa uma queda significativa em relação ao ano anterior, no entanto, quando incêndios florestais em larga escala causaram perdas maiores no Brasil.
As perdas de florestas antigas, que são fundamentais para a preservação da biodiversidade, caíram após dois anos de incêndios históricos, mas ainda permanecem elevadas acima dos níveis do início da década, segundo dados do Global Forest Watch divulgados nesta quinta-feira.
“Embora parte da perda de 2018 possa ser atribuída ao fogo, a maior parte parece ser devida à derrubada na Amazônia, colocando em risco as quedas no desmatamento que o país alcançou no início dos anos 2000”, escreveram pesquisadores no site do grupo. .
O Brasil abriga 60% da Amazônia, a maior floresta tropical do mundo, que suga grandes quantidades de dióxido de carbono e é vista como uma proteção vital contra o aquecimento global.
A República Democrática do Congo ficou em segundo lugar na perda de florestas, com 4.812 quilômetros quadrados desmatados.
O Brasil disse no ano passado que o desmatamento subiu para seu ponto mais alto na década nos 12 meses até julho. O desmatamento subiu 13,7 por cento, para 7.900 quilômetros quadrados, segundo a agência.
Ativistas e organizações não-governamentais temem que o desmatamento possa aumentar no Brasil sob a administração de Jair Bolsonaro, que assumiu a presidência em 1º de janeiro.
Bolsonaro disse que o país deve acabar com uma “indústria de multas” por infrações ambientais no Brasil, uma das principais ferramentas para fazer cumprir as proteções ambientais, e criou um órgão no início deste mês com o poder de perdoar multas.
Ele também pediu a que aconteça a mineração em áreas indígenas protegidas e uma importante reserva na Amazônia para incentivar o desenvolvimento econômico.
Com informações da Global Forest Watch