Na Casa Branca, o presidente Biden voltou seu foco para tecnologia, especificamente os semicondutores – que estão em falta desde que a pandemia fechou as fábricas em 2020.
Biden divulgou (vídeo no fim da matéria) um anúncio da Intel que anunciou que construirá uma fábrica de 20 bilhões de dólares nos arredores de Columbus, Ohio, criando 7.000 empregos na construção e mais 3.000 empregos permanentes.
A Intel é a mais recente empresa de semicondutores a anunciar planos de expansão nos EUA em um esforço para combater a escassez que assola o mundo da tecnologia.
O anúncio vem em meio a um esforço para aumentar a fabricação nacional de semicondutores. Em parte por causa dos enormes incentivos oferecidos por outros países para impulsionar a fabricação de semicondutores em suas costas, a participação de chips fabricados nos EUA caiu para 12%, de 37% em 1990, de acordo com a Semiconductor Industry Association (SIA). À medida que a demanda crescente e os problemas da cadeia de suprimentos levaram à escassez de semicondutores no ano passado, indústrias inteiras dos EUA, como a fabricação de automóveis, foram prejudicadas.
Preocupações também foram levantadas por autoridades dos EUA sobre questões de segurança nacional porque muitas empresas americanas dependem de chips produzidos no exterior, principalmente em Taiwan, que a China há muito reivindica como seu próprio território.
“Nossa expectativa é que este se torne o maior local de fabricação de silício do planeta. Ajudamos a estabelecer o Vale do Silício. Agora vamos fazer o Silicon Heartland.”
Pat Gelsinger, CEO da Intel
A fabricação de semicondutores cresceu a uma taxa muito mais lenta nos EUA do que em outros lugares ao redor do mundo, particularmente no leste da Ásia, em parte porque custa 30% mais construir e operar uma fábrica em 10 anos do que em Taiwan, Coréia do Sul, ou Cingapura, de acordo com a SIA.
Para criar um fornecimento mais confiável de chips, o governo federal está avaliando fornecer incentivos para fabricantes de chips nos EUA. O CHIPS for America Act, aprovado no ano passado, autorizou investimentos federais na fabricação de chips, mas não forneceu financiamento. O Senado aprovou US$ 52 bilhões em financiamento em junho, mas a Câmara não aprovou a legislação.