Nos últimos quatro dias, a guerra tarifária iniciada pelos Estados Unidos contra a Europa, China e outras nações provocou turbulências significativas nos mercados globais, resultando em perdas substanciais para bilionários americanos aliados ao presidente Donald Trump.​

Imposição de Tarifas e Retaliações

Em 9 de abril de 2025, entraram em vigor novas tarifas impostas pelo governo Trump, incluindo uma tarifa de 104% sobre produtos chineses e 20% sobre bens da União Europeia. Essas medidas foram justificadas como uma tentativa de corrigir déficits comerciais e fortalecer a indústria doméstica dos EUA. Em resposta, a China elevou suas tarifas sobre produtos americanos para 84% e ampliou sua lista de empresas americanas consideradas “não confiáveis”. A União Europeia também anunciou tarifas retaliatórias, especialmente nos setores de aço e alumínio.​

Impacto nos Mercados Financeiros

As ações sofreram quedas acentuadas devido às tensões comerciais. O S&P 500 e o Nasdaq Composite registraram declínios superiores a 15% e quase 21% no acumulado do ano, respectivamente. Empresas como Delta Air Lines e Walmart retiraram suas projeções de lucro futuro, citando a incerteza causada pelas tarifas. Os rendimentos dos títulos do Tesouro dispararam, com o rendimento de 10 anos atingindo 4,37%, indicando estresse nos mercados financeiros e levando a especulações sobre possíveis cortes emergenciais nas taxas pelo Federal Reserve.​

Perdas dos Bilionários Americanos

Bilionários americanos próximos a Trump sofreram perdas significativas devido à volatilidade do mercado. Elon Musk, por exemplo, viu sua fortuna diminuir em US$ 35 bilhões desde o anúncio das tarifas. No total, os dez indivíduos mais ricos do mundo perderam coletivamente US$ 172 bilhões em três dias de quedas no mercado.​

Reações e Desenvolvimentos Recentes

Diante da pressão crescente, o presidente Trump anunciou uma pausa de 90 dias na maioria das tarifas recém-impostas, exceto para a China, cujas tarifas foram aumentadas para 125%. Essa decisão levou a uma recuperação nos mercados, com o Dow Jones subindo quase 2.476 pontos e o Nasdaq avançando 9% . No entanto, a China respondeu aumentando suas tarifas sobre produtos americanos para 84% e expandindo sua lista de empresas americanas “não confiáveis”

Esses eventos destacam a volatilidade e as incertezas inerentes às atuais disputas comerciais, com impactos profundos nos mercados globais e nas fortunas de indivíduos influentes no cenário econômico.

Fontes:

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Escrito por

Mateus Matos

Economista.
Escreve sobre aspectos econômicos e sociais dos investimentos em pesquisa e desenvolvimento de tecnologias e políticas públicas. Acompanha de perto os setores de educação, saúde além da indústria 4.0, seus efeitos na economia, no bem-estar social e no desenvolvimento humano.