Em 2021, o PIB (Produto Interno Bruto) cresceu 4,6% frente a 2020. Houve crescimentos na Indústria (4,5%) e Serviços (4,7%) e variação negativa na Agropecuária (-0,2%).

O PIB totalizou R$ 8,7 trilhões em 2021.

O PIB per capita alcançou R$ 40.688,1 em 2021, um avanço real de 3,9% ante o ano anterior.

A taxa de investimento em 2021 foi de 19,2% do PIB, acima do observado no ano anterior (16,6%). Já a taxa de poupança foi de 17,4% (ante 14,7% em 2020).

Frente ao 3º trimestre, na série com ajuste sazonal, o PIB cresceu 0,5%. A Agropecuária e os Serviços cresceram 5,8% e 0,5%, respectivamente, enquanto a Indústria recuou 1,2%.

Em relação ao 4º trimestre de 2020, o PIB avançou 1,6% no último trimestre de 2021, quarto resultado positivo consecutivo, após quatro taxas negativas nesta comparação. Foram registradas quedas na Agropecuária (-0,8%) e Indústria (-1,3%), enquanto os Serviços cresceram (3,3%).

PIB cresce 4,6% em 2021

O PIB em 2021 cresceu 4,6% ante o ano anterior. Houve aumento de 4,3% no Valor Adicionado a preços básicos e de 6,4% no volume dos Impostos sobre Produtos Líquidos de Subsídios.

O resultado do Valor Adicionado nesta comparação refletiu o desempenho das três atividades que o compõem: Agropecuária (-0,2%), Indústria (4,5%) e Serviços (4,7%).

Consequentemente, o PIB per capita avançou (em termos reais) 3,9% em relação a 2020, alcançando R$ 40.688,1 (em valores correntes) em 2021.

A variação negativa do Valor Adicionado da Agropecuária no ano de 2021 (-0,2%) decorreu do fraco desempenho de algumas culturas da lavoura (cana de açúcar, milho e café) e da pecuária (bovinos e leite), impactadas, principalmente, pelas condições climáticas adversas.

Na Indústria, o destaque positivo foi o desempenho da Construção (9,7%), após cair 6,3% no ano anterior.

As Indústrias de Transformação (4,5%) também apresentaram resultado positivo, influenciadas, principalmente, pelo crescimento da fabricação de máquinas e equipamentos; metalurgia; fabricação de outros equipamentos de transporte; e fabricação de produtos minerais não-metálicos; indústria automotiva.

As Indústrias Extrativas cresceram 3,0% devido à alta na extração de minério de ferro. Já a atividade de Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos (-0,1%) ficou estável em relação a 2020, sendo afetada negativamente pela crise hídrica.

Todas as atividades dos Serviços tiveram crescimento: Informação e comunicação (12,3%), Transporte, armazenagem e correio (11,4%), Outras atividades de serviços (7,6%), Comércio (5,5%), Atividades imobiliárias (2,2%), Administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social (1,5%) e Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (0,7%).

Na análise da despesa, houve alta de 17,2% da Formação Bruta de Capital Fixo, que voltou a crescer após cair 0,5% no ano anterior. A Despesa de Consumo das Famílias avançou 3,6% em relação ao ano anterior. A Despesa do Consumo do Governo, por sua vez, cresceu 2,0%.

No setor externo, as Exportações de Bens e Serviços cresceram 5,8%, enquanto as Importações de Bens e Serviços subiram 12,4%.

PIB atinge R$ 8,7 trilhões em 2021

No acumulado do ano, o PIB em valores correntes totalizou R$ 8,7 trilhões, sendo R$ 7,4 trilhões referentes ao Valor Adicionado a preços básicos e R$ 1,3 trilhão aos Impostos sobre Produtos líquidos de Subsídios.

A taxa de investimento no ano de 2021 foi de 19,2% do PIB, acima do observado no ano anterior (16,6%). A taxa de poupança foi de 17,4% em 2021 (ante 14,7% em 2020).

PIB cresce 0,5% em relação ao 3º tri de 2021

O PIB cresceu 0,5% no 4º trimestre de 2021 na comparação com o trimestre imediatamente anterior (com ajuste sazonal). A Agropecuária e os Serviços apresentaram crescimento de 5,8% e 0,5%, respectivamente, enquanto a Indústria recuou 1,2%.

Dentre as atividades industriais, houve queda nas Indústrias de Transformação (-2,5%), nas Indústrias Extrativas (-2,4%), e variação negativa na atividade de Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos (-0,2%). O único resultado positivo foi na Construção (1,5%).

Nos Serviços, as atividades de Informação e comunicação (3,4%), Transporte, armazenagem e correio (2,6%), Outras atividades de serviços (2,1%) e Administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social (1,0%) tiveram crescimento.

Em contrapartida, houve queda no Comércio (-2,0%), seguida pela variação negativa nas Atividades imobiliárias (-0,4%) e estabilidade nas Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (0,0%).

Pela ótica da despesa, houve crescimento da Despesa de Consumo das Famílias (0,7%) e da Despesa de Consumo do Governo (0,8%). Já a Formação Bruta de Capital Fixo apresentou estabilidade (0,4%).

As Exportações de Bens e Serviços caíram 2,4%, enquanto as Importações de Bens e Serviços avançaram 0,5% em relação ao terceiro trimestre de 2021.

Em relação ao 4º tri de 2020, PIB cresce 1,6%

Frente ao 4º trimestre de 2020, o PIB avançou 1,6%, o quarto resultado positivo consecutivo, após quatro trimestres no campo negativo nesta comparação. O Valor Adicionado a preços básicos subiu 1,6% e os Impostos sobre Produtos Líquidos de Subsídios cresceram 2,2%.

A Agropecuária recuou 0,8% ante igual período de 2020, com destaque para produtos com safras significativas no 4° trimestre, como a cana de açúcar (-10,1%) e a mandioca (-2,4%). Por outro lado, culturas como trigo, fumo e laranja apresentaram crescimento.

A Indústria caiu 1,3%, puxada pelo recuo nas Indústrias de Transformação (-6,9%), cujo resultado negativo no quarto trimestre foi influenciado pela queda da fabricação de produtos alimentícios; fabricação de produtos de metal; fabricação de produtos de borracha e material plástico e máquinas, aparelhos e materiais elétricos.

A Construção (12,2%) continuou em alta, após crescer 13,5% e 10,9% no segundo e terceiro trimestres de 2021, respectivamente. Indústrias Extrativas (4,5%) e Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos (0,7%) também cresceram no período.

Os Serviços cresceram 3,3% frente ao mesmo período do ano anterior. O avanço foi impulsionado pelos resultados positivos de Informação e comunicação (13,8%), Outras atividades de serviços (9,7%), Transporte, armazenagem e correio (9,3%), Administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social (2,0%) e Atividades Imobiliárias (0,2%). As demais atividades apresentaram taxas negativas: Comércio (-2,9%), Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (-0,4%).

Entre os componentes da demanda interna, a Despesa de Consumo das Famílias (2,1%), a Despesa de Consumo do Governo (2,8%) e a Formação Bruta de Capital Fixo (3,4%) tiveram alta em relação a igual período do ano anterior.

No setor externo, as Exportações de Bens e Serviços cresceram 3,3% assim como as Importações de Bens e Serviços avançaram 3,7% no quarto trimestre de 2021.

2020 com juros altos

Para 2022, com o aumento acelerado da taxa básica de juros pelo BC, na justificativa de segurar a inflação, o crescimento pode ser menor. A inflação brasileira tem, em seu núcleo, uma cesta grande de produtos vinculados diretamente ao dólar e a disponibilidade global (trigo, por exemplo), assim como os preços administrados ou tabelados com relação direta a índices dolarizados.

O crescimento da entrada de investimentos estrangeiros temporários no país para aproveitar o aumento dos juros brasileiros, ajudou, temporariamente no freio e redução da taxa de câmbio brasileiro. Por outro lado, no médio prazo, os déficits orçamentários podem voltar a influenciar o câmbio. Com as taxas de desemprego ainda altas, o consumo interno ainda deve demorar a se aquecer, além do fato de os preços de alimentos e dos ajustes de serviços públicos atrelados ao IGP-M devem ainda atrapalhar a real recuperação da economia.

Fonte: IBGE