Citando a invasão da Ucrânia pela Rússia, a primeira-ministra sueca Magdalena Andersson disse na quinta-feira que os gastos militares do país precisam ser incrementados substancialmente e buscam aumentá-los para 2% do produto interno bruto (PIB) do país o mais rápido possível.

A primeira-ministra sueca Magdalena Andersson fala durante uma coletiva de imprensa sobre a situação de segurança na Europa, em Rosenbad em Estocolmo, Suécia, em 27 de fevereiro de 2022.

Falando a repórteres sobre o plano em Estocolmo, Andersson disse que seu governo está apresentando uma mensagem clara ao povo sueco e ao mundo de que a capacidade de defesa do país “deve ser muito fortalecida”.

Ela disse que a situação de segurança nas “vizinhanças da Suécia” se deteriorou ao longo do tempo e o ataque russo à Ucrânia agrava ainda mais isso.

Na mesma entrevista coletiva, o ministro das Finanças sueco, Mikael Damberg, disse que o orçamento militar atual da Suécia é de cerca de US$ 7,18 bilhões – cerca de 1,3% do PIB do país. Andersson não estabeleceu um cronograma específico para atingir o nível de 2%, mas indicou que gostaria de fazê-lo dentro de uma década.

Andersson disse que o aumento dos gastos com defesa também significa que os jovens devem estar preparados para o serviço militar.

A meta de 2% é a mesma que a OTAN exige para seus membros, embora os relatórios digam que muitos países membros ficam aquém de sua meta.

Embora não seja membro, a Suécia tem uma estreita cooperação com a aliança e a vizinha Dinamarca é um membro fundador.

Durante a Guerra Fria, a Suécia dedicou até 4% de seu produto interno bruto ao orçamento de defesa, mas reduziu seus gastos durante os anos 1990 e início dos anos 2000, para cerca de 1%. Isso começou a mudar em 2014, após a anexação da Crimeia pela Rússia.

A invasão da Ucrânia pela Rússia levou vários países europeus, incluindo Alemanha e Dinamarca, a aumentar seus gastos com defesa.

Algumas informações para este relatório foram fornecidas pela Reuters e Agence France-Presse.