A Força Aérea Real da Holanda substituirá a frota de aeronaves de transporte C-130 Hercules a partir de 2026. Havia vários candidatos para suceder a aeronave de quatro motores, com uma variante modernizada do Hércules parecendo a mais lógica.
O C-130 remonta a 1967 e foi desenvolvido nas últimas décadas. A Força Aérea Holandesa tem atualmente quatro C-130s. Estes podem ser usados para uma série de missões, como o transporte de homens e equipamentos ou a entrega de bens de ajuda humanitária.
Em 2020, foi anunciado que os C-130 teriam que ser substituídos. O candidato mais lógico parecia uma variante mais moderna do Hércules. A corrida parecia ser entre uma versão mais moderna do Hercules ou o Airbus A400M, que foi selecionado pela Bélgica.
O secretário de Estado Christophe van der Maat (Defesa) informa em carta à Câmara dos Deputados que a escolha foi feita pelo Embraer C-390M ou C-390 Millenium (novo nome comercial do KC-390), um jato bimotor relativamente novo. Ele voou pela primeira vez em 2015 e foi encomendado pelas forças armadas do Brasil, Portugal e Hungria.
De acordo com Van der Maat, foram estabelecidos requisitos rigorosos para o sucessor do Hércules. Diante de situações de crise como a evacuação do Afeganistão e a crescente ameaça da Rússia, a Força Aérea queria um avião com boa capacidade de desdobramento e as mesmas capacidades do C-130. O C-390M saiu por cima. Cinco aparelhos estão previstos para serem adquiridos, com entrega a partir de 2026.
Últimos testes
A aeronave multimissão KC-390 Millennium concluiu, em 20 de abril , o primeiro lançamento de carga pesada por extração (Heavy). A tripulação foi composta por instrutores da Embraer, militares do Primeiro Grupo de Transporte de Tropa (1º GTT) – Esquadrão Zeus e pelo Primeiro Esquadrão do Primeiro Grupo de Transporte (1º/1º GT) – Esquadrão Gordo.
Na ocasião, a aeronave FAB 2857 decolou da Base Aérea de Campo Grande (MS) e se deslocou para a Zona de Lançamento (ZL) Metelo, onde a carga que pesava aproximadamente 1,5 tonelada foi arremessada. O KC-390 possui um sistema de manuseio e lançamento de carga em voo totalmente automatizado, onde um único mestre de carga pode gerenciar todas as atividades, reduzindo assim o trabalho e aumentando a segurança e a consciência situacional.
Para os pilotos, um sistema chamado Ponto de Queda Calculado Continuamente (CCDP, do inglês, Continuously Computed Drop Point) calcula automaticamente o ponto ideal de lançamento, resultando em melhor precisão no cumprimento da missão. Dessa forma, a aeronave apresentou desempenho dentro dos aspectos qualitativos esperados e com excelente precisão, a 40 metros do alvo.